A prevalência da obesidade vem aumentando em todas as idades nas últimas três décadas, devido principalmente, à piora na qualidade alimentar e à diminuição da atividade física. A obesidade é considerada a doença crônica mais prevalente na população infantil.
Segundo a última publicação da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, o excesso de peso e a obesidade são encontrados com grande frequência, a partir de 5 anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões brasileiras. Esses dados, publicados em 2011 trazem o cenário de 2009 e 201o e na próxima publicação, veremos que sua prevalência é ainda maior.
As consequências da obesidade já são bem conhecidas, especialmente com relação ao aumento do risco de doenças crônicas como diabetes e doenças cardiovasculares. É importante salientar que muitas das comorbidades associadas ao excesso de peso já podem aparecer na infância, o que justifica instituir o tratamento o mais precocemente possível.
Nessa matéria da Revista Cláudia, que abordava, justamente esses “problemas de adultos na infância”, falamos um pouco sobre a importância dos cuidados nutricionais para prevenção e tratamento.
É importante destacar que muitas vezes, os pais subestimam o peso dos filhos e, em geral, ficam mais preocupados quando os filhos parecem comer pouco. Em uma metanálise, pesquisadores avaliaram quase 70 publicações e demonstram que metade das famílias não identificavam o excesso de peso nos seus filhos. Sendo assim, se o pediatra , que está na linha de frente para a detecção de risco, sinalizar que é preciso ter mais cuidado com relação ao ganho de peso, vale redobrar a atenção!
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