A vitamina D é fundamental para a absorção de cálcio, para formação e manutenção óssea, além de atuar no sistema imunológico.
A maior parte da vitamina D é obtida pela pele, através da exposição solar. As fontes alimentares são escassas (óleo de peixe, leite, ovo) e, dificilmente, conseguiremos aportar na dieta toda a vitamina D necessária.
Por muito tempo, acreditou-se que crianças que brincam ao ar livre e que tomam leite estivessem fora do risco de apresentar deficiência de vitamina D, mas as evidências recentes apontam que níveis baixos dessa vitamina na população infantil são bastante comuns. Os principais desfechos dessa deficiência são baixa densidade mineral óssea e maior risco de fraturas, mas há também associação com doença auto imune e maior risco de atopia.
No recém nascido, o status de vitamina D depende do estado nutricional materno, sendo assim, a avaliação e a suplementação durante a gestação são importantes.
Ao longo do primeiro ano de vida, o bebê em aleitamento materno dificilmente receberá toda a vitamina D que necessita, por isso a suplementação é necessária.
As fórmulas infantis são fortificadas, mas a academia americana de pediatria, por exemplo, recomenda que se mantenha a suplementação para as crianças que consomem menos de 1 litro de fórmula infantil ou leite fortificado por dia.
Em uma extensa revisão, um comitê europeu,conclui que a suplementação de vitamina D deve manter-se ao longo dos mil primeiros dias (da gestação ate os 2 anos de idade).
Em 2011, 0 IOM (Institute of Medicine), recomendou a manutenção da suplementação profilática de vitamina D até os 18 anos de idade.
Doenças renais e hepáticas, que interferem na ativação da vitamina D, e doenças que interferem na absorção de nutrientes (doença celiaca, fibrose cística, doença inflamatória intestinal e colite alérgica) aumentam o risco da deficiência de vitamina D.
As mudanças no estilo de vida, incluindo menos atividades ao ar livre e muito tempo gasto na frente das telas, contribuem para que a formação de vitamina D pela pele seja menor. Essas atitudes contribuem também para o ganho de peso e a obesidade está fortemente associada à menores níveis de vitamina D.
Várias sociedades científicas e instituições determinaram os padrões para os níveis de vitamina D (25(OH)D) no sangue. A Academia Americana de Pediatria considera:
Deficiencia severa: <5 ng/mL;
Deficiência: entre 5 e 15 ng/mL;
Níveis insuficientes: entre 16 e 20 ng/mL;
Normalidade: entre 21 e 100 ng/mL
Excesso: entre 101 and 150 ng/mL
Níveis tóxicos: >150 ng/mL
Para prevenção de hipovitaminose D na infância, é preciso:
Aumentar a exposição solar
Buscar alimentos fortificados com vitamina D
Fazer a suplementação profilática Vitamina D
FONTE: Antonnucci R et al. Vitamin D Deficiency in childhood: old lessons and current challenges. J Pediatric Endocrine Metab. (31):3; 2018.
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