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OBESIDADE

Writer's picture: Mariana Del BoscoMariana Del Bosco

Aproveitando que o Dia Mundial da Obesidade foi em 11/10, hoje falarei sobre o excesso de peso.

Já falei por aqui que obesidade é uma doença e pode ser definida como o acúmulo excessivo de gordura. Ela resulta de uma interação entre genes, metabolismo, ambiente, comportamento e fatores culturais e socioeconômicos. Nós nos preocupamos muito com o excesso de peso, pois ele é um fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, entre outras.

Apesar de hoje as pessoas procurarem a ajuda de profissionais, de termos mais ferramentas para o tratamento, de existirem programas e campanhas a favor da prevenção da doença, a sua prevalência continua aumentando.

De uma forma simples, podemos diagnosticar o excesso de peso e a obesidade através do Índice de Massa Corporal (IMC)(Tabela 1). Para calcular o IMC, dividimos o peso pela altura2. Por exemplo, se o seu peso é 80 kg e você tem 1,60 m de altura temos: 80/1,6/1,6= 31,3kg/m2: obesidade I.

Tabela 1 – Classificação da obesidade, segundo IMC:CLASSIFICAÇÃOIMC (kg/ m2)Baixo peso< 18,5Peso normal18,5 – 24,9Excesso de peso≥25,0Pré-obeso25,0 – 29,9Obesidade I30,0 – 34,9Obesidade II35,0 – 39,9Obesidade III≥ 40,0

Fonte: Organização Mundial da Saúde, 1998.

Porém, essa medida não leva em consideração a quantidade e distribuição da gordura no corpo. Por isso, geralmente utilizamos outras medidas aliadas ao IMC, como a medida da circunferência abdominal que representa o conteúdo de gordura visceral, aquela que fica entre os órgãos, e a medida de dobras cutâneas ou a bioimpedância que avaliam o percentual de gordura corporal.

Homens com circunferência abdominal ≥94cm têm risco aumentado de complicações metabólicas e ≥102cm risco substancialmente aumentado, enquanto que para mulheres os valores são ≥80cm e ≥88cm, respectivamente.

O tratamento inicial é a mudança de estilo de vida. Além da prática regular de atividade física (150 minutos por semana para adultos e 60 minutos por dia para crianças), buscamos identificar e modificar hábitos alimentares inadequados para que a perda de peso aconteça de maneira tranquila e que um peso saudável seja mantido para o resto da vida.

Qualquer dieta que tenha redução em calorias irá promover a perda de peso, mas dietas da moda como dieta Atkins, dieta sem glúten, dieta sem lactose, dieta do tipo sanguíneo entre outras, por restringirem algum tipo de alimento, não são sustentadas por muito tempo e você acabará reganhando o peso perdido.

Por isso, nossa conduta é reduzir o consumo de calorias (cerca de 500 a 100 kcal/dia), procurando manter o equilíbrio entre os grupos de alimentos e levando em consideração a rotina, os horários e as preferências alimentares de cada um. Algumas modificações simples como comer e mastigar devagar, saborear os alimentos, descansar os talheres no prato enquanto mastiga, não deixar travessas na mesa de jantar durante a refeição, olhar as opções de um buffet/self service antes de se servir ajudam muito no processo. É claro que as mudanças devem ser graduais. Ninguém consegue mudar da noite para o dia. E se você tem interesse em ter uma orientação individualizada, lembre-se que somente o nutricionista é o profissional habilitado para essa tarefa!

Referências:

US National Institutes of Health. Identification, evaluation and treatment of overweight and obesity in adults. Washington D.C.: National Heart, Lung and Blood Institute, 1998.

WHO. Obesity: Preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation on obesity. Geneva: WHO; 1998.

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